DA OCUPAÇÃO HISTÓRICA

Ocupação da região da Vila de Nova Divisão.

 

Figura 1- Imagem de Satélite onde observamos a localização e a pequena distancia entre a área da Nova Divisão e a Guiana Francesa. O Sr. Raimundo Vitorino de carvalho e família chegaram na região aproximadamente no inicio da década de 80, e encontraram os ricos filões de ouro dos “Crioulos“ já com sinais de exploração aurífera, confirmando a História que vieram a mais de 150 anos e oriundos das Guianas.

A Senhora Vanderléia Maria de Carvalho é a “matriarca da família de garimpeiros e extrativistas  que ocupam a área denominada,  Garimpo Nova Divisão ,  desde a década de 80  aproximadamente há mais de  30 anos“. Ela e seu esposo, Senhor Raimundo Vitorino de Carvalho, conhecido popularmente como “Sr. Neném”, já falecido, vieram originalmente ocupar essas terras para desbravá-las com a prática da extração mineral e vegetal.

Trata-se de áreas de  terras com florestas densas de aproximadamente 71 mil hectares,  localizadas no município de Almerin, no Estado do Pará. E é composta pela sub – bacia do Rio Carecuruzinho, que nasce nas fraldas da Serra conhecida como Serra Da Lagoa de Pedra,  e escoa para norte para atingir a margem direita do Rio Carecuru, antes da sua foz no alto curso do Rio Jarí, conforme apresentamos no mapa de localização anexo. Esta região, constituída de rochas pré-cambrianas do embasamento, já bastantes arrasadas, ocorrem diversos filões auríferos , que alguns como os filões Palhau e Filão Vietnã , já foram lavrados e descobertos a mais de 150 anos pelos mineradores oriundos das Guianas Inglesa e Holandesa, chamados na região com “Crioulos”, que são vizinhos a esta área da Nova Divisão localizada a cerca de 230 km ao norte .

Por outro lado em meados dos anos 80, o Senhor Raimundo Vitorino de Carvalho,  acompanhado sempre pela sua esposa, Sra. Vanderléia, se aventuraram nessa região em busca do metais nobres, desta forma redescobrindo os filões onde trabalharam os  “ crioulos“ e localizaram novos filões de ouro. Por mais de 30 anos, ocuparam essa região, abrindo pistas de pouso, explorando o potencial mineral e vegetal sempre junto à sua família , que cresceu e hoje os filhos, netos, bisnetos e trabalhadores associados,  constituem um grupo de mais de 200 pessoas ligadas diretamente, que de alguma forma sempre trabalharam na extração mineral do ouro, e também no extração vegetal com a colheita e comercialização de castanha do Pará, açaí e a Piaçava.